Os vencedores do passatempo do mês de Novembro:
Carolina Oliveira Lacerda - Agualva
«A minha filha adora mexer nas minhas coisas... Vestir a minha roupa, colocar os meus colares, cheirar os meus perfumes... Quando tinha 4 anos, comecei a não compreender por que razão desapareciam alguns dos meus sapatos. Pensava que andava muito esquecida mas apercebi-me rapidamente que os sapatos desapareciam com uma rapidez anormal. Procurei, procurei e fui encontrá-los atrás do armário dos brinquedos da minha pequenita, cheios de bonecos. Quando lhe perguntei por que me tinha tirado os sapatos, disse-me que os bonecos iam fazer uma viagem e precisavam de um carro especial. Disse-me ainda que não tinha tirado o meu par de sapatos preferido porque cheiravam mal e os bonecos iam ficam mal-dispostos.»
Nádia Josefa Pinto Coelho, - Vila Nova de Gaia.
« Feminina e muito vaidosa, nunca podia esperar...
Mal via uns saltos altos, Francisca, ainda mal sabia andar
Mas os seus pézitos minusculos não esperavam para desfilar,
deslizando pelo chão.
Qualquer sapato servia, o importante é tivesse tacão!
Podiam ser da mamã, da tia, de uma amiga, ia logo calçar
Bastava que tivessem à mão....
Mas mal percebia ela que teria de parar
Pois a vizinha desesperada pediu compaixão
Desesperada com o constante bater dos tacões pelo chão!»
Inês Salgueiro Torres - Amiais de Baixo
A minha afilhada quando era mais nova,
Umas sandálias queria calçar,
Mas estava frio, era Inverno,
E obviamente não podíamos deixar!
Qual não foi o nosso espanto,
Quando ela os seus sapatos decidiu cortar,
E apareceu toda feliz,
Com as suas novas “sandálias” a desfilar!
Carina Isabel Fialho Balixa- Alhos Vedros
Bem a minha história não é de um filho nem primo, é com a minha afilhada. Ainda sou relativamente jovem, gosto de uma boa saida á noite, ainda me sabe bem. Ora um belo dia estava a fazer babysitting à minha afilhadita de 1 anito e meio, já andava bem e estava imenso calor, então deixei-a andar só de fraldita. Como gosto de planear aquilo que vou vestir, enquanto esperava pela mão da menina, coloquei toda a roupa em cima da capa para depois me trocar e os sapatos no chão e a mala numa cadeira... entretanto a Deby andava a passear lá por casa e fui preparar uma papinha para ela na cozinha... Quando cheguei ao pe dela, andava sem a fralda, tinha-a colocado no chão do quarto... e qual não é o horror quando olho lá para dentro... era patinhadas de cocó por todo o lado!!! Inclusive um enorme presente, mesmo em cima dos meus queridos sapatos novos.. a esclamação foi "Deby!! Achas bem??" Claro que ela se ri e diz... "tas triste madadinha?" com aquela carinha de anjo... enfim, não deu para dizer nada, o cheiro não saia de forma nenhuma, lá foi uma noite a "madadinha" super cansada de limpar cocó por todo lado... e com sapatos a cheirar a presente de afilhadita.....
Maria Isabel Ferreira Pinto Magalhães - Grijó
Certo dia, preparávamo-nos para sair e o meu marido não sabia onde estava a chave do carro, procuramos em todo lado: na sala, na cozinha, nos quartos até fomos ver na casa de banho… nada de chave?!
A Ângela (a nossa filha) estava muito calada e sossegada enquanto nós andávamos como baratas tontas a percorrer a casa à procura da chave.
De repente pergunta, com um ar muito inocente : o que andam à procura?
Nós respondemos que andávamos à procura da chave do carro.
Ela dá uma risadinha e diz: Eu sei onde ela está!
Onde? Perguntamos em uníssono.
Ela responde: Está lá em cima no quarto! Eu mostro-vos!
Fomos com ela até ao nosso quarto, ela dirigiu-se à sapateira e foi buscar uma caixa com umas sapatilhas do pai…Abriu a caixa e dentro de uma das sapatilhas estava lá a chave do carro!
Ela pegou na chave com ar vitorioso e satisfeito e disse: Vêem estavam aqui no esconderijo secreto! E desata à gargalhada