segunda-feira, 8 de março de 2010

Lista dos vencedores do mês de Fevereiro


Cisbelia Ferrão Vicente
Azambuja

Estas breves linhas não espelham tanto a experiência de mãe trabalhadora mas a dor de ir trabalhar e ter de arranjar um “sítio para deixar o meu bébé”, como se diz.
Sinto que ao trabalhar para viver estou a negligenciar o meu filho; o meu principe. Este inocente que, de tão curta idade, não sabe que é preciso trabalhar para viver. Na sua inocente mente só sabe que gosta do quente da mamã, das brincadeiras do papá, do beijinho da mamã, da barba do papá, dos abraços que estes dois modelos dão um ao outro e a ele. Abraços esses que lhe enchem o coração de amor e ternura. Parte-me a alma, mesmo! A minha alma sofre ao deixá-lo para mais um dia de trabalho.


Luísa Figueiredo

A minha experiência é um pouco diferente do normal, pois eu trabalho no r/c, numa sala de estudo e vivo no 1º andar e uma vez que o negócio é meu, tive a hipótese de ter os meus filhos (um menino de 5 anos e uma menina de 11 meses) sempre comigo. Como é evidente, sinto-me uma felizarda por ter esta oportunidade, mas a verdade é que é muito, mas mesmo muito complicado fazer as duas coisas ao mesmo tempo (cuidar dos filhos e trabalhar) enquanto eles são pequenos. Estou a falar com um cliente e a minha filha quer colo, ou estou numa reunião com funcionários e está na hora da papinha, sem falar na muda da fralda, que se nota logo quando é necessária. Ao ínicio foi um caos e assim tive de delinear estratégias para conseguir conciliar as duas coisas. A primeira de todas foi arranjar ajuda, é preciso aceitarmos os nossos limites e não pensarmos que somos más mães por não aguentarmos tudo. Falei com a avó que se disponibilizou imediatamente a estar mais tempo presente no meu trabalho; depois comprei uma aranha, que durante meia hora é fantástica para ocupar o tempo da criança (enquanto não anda) e utilizo-a em momentos "chave". Comecei a marcar reuniões no horário de dormir da minha filha (durante 1 hora aproximadamente está a descansar) e tenho sempre um pacote de bolachas Maria à mão, porque ela adora roê-las. Agora que está quase a fazer um ano também se distrai imenso a ver no computador videos de musica infantil sem falar que adora tagarelar com os meus alunos. Os meus clientes são todos pais e por essa razão compreendem bem a minha situação. Chego ao final do dia exausta, no entanto muito feliz por ter passado o dia com os meus filhos.


Diana Henriques
São Bento Golpilheira

Lá no meu emprego temos uma cozinha e como somos oito, uma de nós cozinha e assim poupamos uns euros valentes e comemos sempre muito bem! Então enquanto degustamos as nossas belas refeições, o tema de conversa muitas vezes é sobre as notícias do dia anterior, que todas elas contam vividamente "e tu viste aquela reportagem? É pá, impressionante!" e coisas assim... Nesse momento dou-me conta que de facto a minha vida está muito diferente... é que desde que comecei a trabalhar NUNCA mais vi um telejornal, pois a minha rotina diária é chegar a casa, dar banho à miúda, fazer o jantar, dar de comer à cria, adormecê-la e se tudo correr bem e não adormecer com ela, vir até à net ver os meus mails e visitar alguns dos meus blogs preferidos... E fico sem assunto de conversa... é que sobre as notícias do telejornal, eu não faço a mínima ideia do que se passou, mas se me perguntarem o que se passou no episódio do Noddy... isso eu já sei dizer! Mas acho que elas não estão interessadas... Hum...
Isto de ser a única mãe trabalhadora às vezes é um pouco solitário!


Nelson Frias Amaral
Sátão

Visto ser trabalhador independente sempre pude dispor do meu tempo da forma que mais jeito me dava. No entanto o meu trabalho sempre me ocupou muito tempo, a única vantagem que tenho é poder fazer o meu próprio horário. Se hoje não trabalhar 2 horas, amanhã vou ter que o fazer. Se hoje perder acordar às 8h se calhar deito-me à meia-noite, mas se acordar Às 10h já me deito às duas da manhã. Como pai acabo então dessa forma a orientar o meu tempo de maneira a poder estar presente de uma forma mais activa na vida dos meus filhos. De forma a poder estar no pequeno-almoço com eles, a poder levá-los à escola, ir buscá-los no final do dia, levá-los às actividades deles... poder participar juntamente com eles nas suas actividades. É óptimo poder gerir o meu tempo dessa forma, pois assim sinto-me mais próximo deles e sinto que eles me sentem mais próximo também a mim.


Ana Isabel Pires Mota de Paiva
Santa Iria da Azóia

Desde que fui mãe pela primeira vez (05-04-2000), percebi que nenhum outro sentimento superava o da maternidade. Ser mãe pela segunda vez (01-09-2004) veio reforçar essa aprendizagem e evidenciar o "vale a pena...!" Porque vale a pena o esforço...o sacrifício das noites mal dormidas, o amor inigualável, o aproveitar cada minuto precioso...a par duma vida atribulada, cheia de trânsito, reuniões, compromissos inadiáveis... A qualidade no tempo que estamos em casa, vale muito mais do que tempo! Saber gerir esse tempo é crucial: Todos os dias chego a casa às 19h30... e todos os dias tomo o banhinho com elas, todos os dias cozinhamos juntas, dividimos tarefas, fazemos tpc, adormecemos juntos!... Se não partilhássemos o que nos da tanto prazer... não estávamos tão preenchidas e cheias de boas recordações!!! Vale a pena ser feliz com o pilar de família e conjugar com o ser realizada na vida profissional... Porque nunca ninguém disse que era fácil, apenas que VALE A PENA!


Após a publicação dos resultados, os vencedores terão uma semana para enviar um mail (passatempo.gravidez@gmail.com) com o seu endereço completo - para o envio do livro - reclamando o prémio. Após a semana, os prémios que não forem reclamados serão novamente distribuídos numa segunda lista de vencedores do passatempo.

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